o Maurício. O blog do Artur é: http://oglobo.globo.com/cultura/xexeo/

domingo, 6 de novembro de 2011

Vitrum flavum

Nem a noite,
Nem o dia,
Espantavam mais,
O homem que
Se escondia atrás
Da vidraça amarela.
Nem a dor,
Nem a graça,
Nem o vazio,
Que se escondia
Atrás do homem
Que olhava a rosa
Por trás da vidraça amarela.
Nem a rosa presa no jardim,
Nem a cor da vidraça,
Ou a cor indefinível da rosa
Que confundia o homem
Por trás da vidraça amarela.
Nada espantava o homem
Nem o século,
Ou as horas,
Nem o vento.
Só havia a vidraça amarela,
E a cor indefinível
Da rosa ali em frente.

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